Blumenau, 23 de julho de 2007 – O crime mais brutal já registrado envolvendo menores no Brasil
As duas crianças por trás do crime
Gabriel Kuhn tinha 12 anos, 1,50 m de altura e 38 kg. Era um menino tímido, estudioso, que gostava de desenhar e jogava Tibia nas horas vagas. Morava com os pais e o irmão mais velho, Guilherme, em uma casa simples na Rua Suíça, bairro Velha Central, em Blumenau (SC).
Daniel Felipe Petry tinha 16 anos, 1,80 m e quase 90 kg. Era agressivo desde pequeno, já havia quebrado móveis em casa, agredido a mãe e abandonado todos os tratamentos psiquiátricos que os pais tentaram impor. Passava o dia inteiro jogando Tibia ou vendo televisão. Ele e Gabriel moravam a menos de 100 metros de distância e se tornaram “amigos” exclusivamente pelo jogo.
A dívida que nunca existiu
A versão que Daniel contou à polícia e que se espalhou por anos foi a seguinte: Gabriel teria pedido 20.000 moedas virtuais emprestadas no Tibia e não devolveu. Daniel teria ido à casa dele cobrar e, após uma briga, perdeu a cabeça.
A verdade, comprovada pela perícia, é bem diferente: no dia do crime o computador de Gabriel nem foi ligado. Não houve troca de mensagens no jogo. A história da dívida foi inventada por Daniel para justificar o que realmente aconteceu.
O que aconteceu dentro da casa naquela manhã
Na segunda-feira, 23 de julho de 2007, os pais de Gabriel tinham saído cedo para trabalhar. O irmão mais velho, Guilherme, estava no dentista. Daniel bateu na porta por volta das 8h30. Gabriel abriu.
Dentro do quarto, Daniel começou a agredir Gabriel com socos e chutes. Em seguida, praticou estupro. Gabriel, em pânico, gritou que contaria tudo para a mãe assim que ela chegasse. Foi o estopim.
Daniel pegou um cabo de impressora (ou fio de TV, as versões variam) e estrangulou Gabriel até ele desmaiar. Achando que estava morto, enrolou o corpo num cobertor e tentou arrastá-lo até o sótão da casa (um espaço pequeno acessado por uma portinhola de 1,80 m de altura no corredor).
O corpo não passava pela porta com as pernas inteiras. Daniel desceu até a garagem, pegou uma serra elétrica e uma faca de cozinha e voltou.
Gabriel ainda estava vivo quando Daniel começou a serrar suas pernas na altura dos joelhos. O menino acordou com a dor insuportável, gritou, tentou se defender com as mãos, mas entrou em choque hemorrágico e morreu minutos depois. Daniel continuou serrando até separar completamente as duas pernas.
Depois, com uma faca, fez cortes profundos no peito de Gabriel e gravou símbolos do clã do Tibia ao qual pertencia no jogo (uma cruz com um “T” dentro). Tentou ainda enforcar o tronco com um cadarço, como se quisesse “terminar o serviço”.
Deixou o tronco na entrada do sótão, as pernas cortadas no corredor e a serra elétrica em cima delas. Saiu da casa calmamente, passou no mercadinho da esquina e comprou um refrigerante.
A descoberta do corpo
Por volta das 13h, Guilherme voltou do dentista. Abriu a porta e deu de cara com o tronco do irmão no chão do corredor e as pernas serradas ao lado. Gritou tanto que vizinhos correram para a casa. A polícia chegou minutos depois.
Daniel foi encontrado ainda na mesma tarde, andando tranquilamente perto de casa. Confessou tudo imediatamente, com detalhes, sorrindo em alguns momentos do depoimento. Quando perguntado sobre o estupro, respondeu: “Eu não sou viado, eu só fiz isso porque ele ia contar”.
O julgamento e a pena ridícula
Como tinha 16 anos na data do crime, Daniel foi julgado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em setembro de 2007, menos de dois meses depois do assassinato, recebeu a pena máxima possível para menor: 3 anos de internação em unidade socioeducativa.
Cumpridos os 3 anos (com bom comportamento), foi solto em julho de 2010, com 19 anos recém-completados. Nunca mais voltou a ser preso por nenhum outro crime até hoje.
Onde está Daniel Petry hoje (2025)
Depois de solto, mudou-se algumas vezes dentro de Santa Catarina. Trabalhou por anos como técnico de refrigeração em uma rede de supermercados Angeloni em Joinville, até ser reconhecido por colegas em 2023, quando fotos antigas viralizaram novamente. Pediu demissão no mesmo dia.
Hoje, aos 34 anos, vive recluso, recebe auxílio-doença psiquiátrico do INSS (valor alto por conta de laudos antigos) e evita qualquer tipo de exposição. Mora com parentes distantes em cidade pequena do interior de SC. Não usa redes sociais e mudou o nome informalmente em alguns documentos.
Legado do caso
O assassinato de Gabriel Kuhn chocou o Brasil e até hoje é usado como principal argumento por quem defende a redução da maioridade penal. É considerado um dos crimes mais sádicos já cometidos por um adolescente no país e um dos poucos casos em que o assassino menor de idade saiu praticamente impune.
Gabriel faria 30 anos em 2025. Sua mãe ainda mora na mesma casa da Rua Suíça. A portinhola do sótão continua lá, pintada de branco, mas ninguém nunca mais abriu.
vitima
Assassino


















































se o maníaco confessa já tem a pena reduzida em 376%. se hitler tivesse sido preso no brasil, teria ficado um final de semana no xilindró e hoje seria porteiro de edifício
A despeito da horrificência e brutalidade que ondulam este caso, os elementos aqui apresentados emanam de um prisma necronefasto oriundo do abismo que, de modo sobrenatural e sórdido, oblitera a condição de humanidade.
Observa-se uma manifestação demoníaca de gore e profanação, estruturada sob múltiplas engrenagens da configuração dos lamentos. Os atos perpetrados por Daniel vomitam apodrecimento cerebral, contudo, o resultado visual produzido revela-se singularmente impactante e notoriamente perturbador.
Pode-se afirmar precisamente que; a sanidade mental de Daniel estava completamente inapta.
Essa história é confusa até hoje, nunca vi um caso criminal com tantas versões. Mas é surpreendente que a maior preocupação do assassino não foi ter cometido o homicídio, e sim provar não ser “viado”.