Líder de facção é morto a tiros na Penitenciária de Canoas

Um dos líderes da facção V7, conhecido como Nego Jackson, de 41 anos, foi assassinado a tiros por volta das 18h de sábado, 24, na triagem da Penitenciária Estadual de Canoas 3 (Pecan 3). Segundo a Brigada Militar, o crime foi cometido por um detento apelidado de Sapo, que é líder da facção Bala na Cara, com sede no bairro Bom Jesus. Sapo disparou pelo menos sete tiros com uma pistola. Nego Jackson foi socorrido e levado ao Hospital Nossa Senhora das Graças, onde faleceu durante o atendimento.

A arma utilizada, que a Polícia Civil suspeita ter sido enviada por um drone, foi apreendida. Após a divulgação da notícia, os detentos de uma das alas começaram a bater nas grades em comemoração ao assassinato, gritando palavras de apoio à facção. As duas facções possuem uma rivalidade intensa.

De acordo com a Polícia Civil, Nego Jackson foi atingido por sete disparos, efetuados por Sapo através de uma portinhola de uma cela na ala de triagem. A triagem é um procedimento comum em todas as prisões. A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) informou que a ala onde ocorreu o crime passou por uma revista minuciosa realizada pelo Grupo de Ações Especiais (Gaes) da Polícia Penal. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Na mesma noite, no bairro Bom Jesus, ocorreram manifestações em relação à morte de Nego Jackson, que também fazia parte de um grupo chamado Anti-Bala. Membros da facção local soltaram foguetes e dispararam tiros para o alto em celebração ao atentado. Um helicóptero da Brigada Militar sobrevoou a área para monitorar a situação.

Simultaneamente, a Brigada Militar emitiu um alerta para os policiais, destacando a rivalidade entre as facções e a possibilidade de represálias no bairro Bom Jesus, uma área já marcada por conflitos entre V7 e Bala na Cara.

Foi solicitado que os policiais militares mantivessem um alerta máximo durante o patrulhamento nas áreas da Vila Jardim e Bom Jesus, com ênfase em movimentos suspeitos e na prevenção de novos confrontos para garantir a segurança da população local. A mensagem enfatizava a necessidade de atenção redobrada nas áreas críticas.

Entretanto, no início da madrugada, ocorreram dois assassinatos no bairro Bom Jesus, e ainda não se sabe se estão relacionados ao assassinato na Pecan.

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